AretêSaúdeHumana. Ano 1, Vol. 1 out/nov/dez 2013, Série 14/11, p. 02
(I)Marco
Antonio S. Sorrentino
(I)Gregory
Doria da Silva
(ii)Prof. Eric Boragan Gugliano
Centro Universitário Monte Serrat-UNIMONTE-Santos-SP 2013
I- Trabalho Interdisciplinar desenvolvido por alunos do primeiro ano do curso de Biomedicina
(ii)- Biólogo com mestrado em Psicobiologia. Professor do Curso de Biomedicina- UNIMONTE
(ii)- Biólogo com mestrado em Psicobiologia. Professor do Curso de Biomedicina- UNIMONTE
Resumo
O uso da Internet trouxe uma
variedade de conveniências para a nossa vida moderna, no entanto, trouxe também
um impacto
negativo no desempenho acadêmico, de trabalho, na vida familiar, nas
relações sociais, na saúde física e no bem-estar psicológico.
Desde 1996 o assunto sobre a
dependência de internet ou IAD - Internet Addiction Disorder (termo inglês) vem
provocando um sério debate na comunidade científica. Pesquisas realizadas afirmam que viciados em internet têm alterações similares
no cérebro àqueles que usam drogas e álcool em excesso1.Outras pesquisas apontam que o acesso compulsivo, a redes sociais como
Facebook e Twitter, é responsável por causar efeitos negativos no convívio
social , assim como, outros efeitos gerados ao organismo ligados ao
estresse e a outras respostas físicas e mentais.È relevante identificar a
representação da dependência da internet especificamente pelo uso das redes sociais
pelos indivíduos, com o intuito de entender o princípio para esse possível
transtorno ainda não reconhecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Mesmo
que ainda não conste no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
(DSM, em inglês), a atenção em torno do assunto é tamanha que já há setores
defendendo a inclusão da dependência na nova edição DSM, que deve ser publicada
em maio de 2013.
Conectando bilhões de computadores
espalhados em todo mundo, a Internet deixou de ser apenas modismo e se tornou
um fenômeno, tornando o mundo um lugar maravilhoso onde podemos nos comunicar
em escala mundial e absorver conhecimentos de uma forma rápida e ampla através
de pesquisas.
A grande rede mundial de
computadores tornou-se uma fonte de lazer e também uma necessidade para o homem
executar as tarefas do cotidiano, todavia, o problema ocorre quando a
necessidade se torna um vício gerando a dependência.
Vício
em Internet (em inglês, IA - Internet
Addiction, ou IAD - Internet Addiction Disorder) são alguns dos
principias termos usados para definir o uso abusivo da rede mundial de
computadores. O termo Internet
addiction disorder foi
proposto pela primeira vez em 1995 pelo psiquiatra nova-iorquino Ivan Goldberg.
(de Abreu, C.N. 2008)
(de Abreu, C.N. 2008)
A Ansiedade, necessidade
de estar online horas a fio e tremelicar os dedos como se estivéssemos sempre a
teclar eram alguns dos sintomas apontados. Em uma entrevista à revista The New
Yorker, Ivan Goldberg tentou desfazer o “mito” sobre IAD que o próprio criou:
“Se estendermos o conceito de dependência, teríamos de incluir tudo o que as
pessoas fazem a mais, teríamos de aplicá-lo a ler livros, fazer exercício,
conversar com as pessoas”. No entanto, há 15 anos o psiquiatra recebeu dezenas
de mensagens de pessoas que julgavam sofrer daquela dependência.
(Tvi24 On Line 2010)
(Tvi24 On Line 2010)
Alguns
estudiosos consideram hoje o uso excessivo das
redes sociais a forma mais recente de "Internet Addiction Disorder”, porém
há reconhecimento oficial médico da dependência de redes sociais como uma
doença ou distúrbio. Ainda assim,
o conjunto de comportamentos associados ao uso pesado ou excessivo da mídia
social tornou-se o assunto de muita discussão e pesquisa. (Walker, L. 2011)
Objetivo
O presente trabalho tem como
objetivo apresentar informações, a partir de um levantamento bibliográfico,
sobre os danos que o acesso abusivo às redes sociais, via internet, possa
ocorrer ao individuo dependente. Também levantar os dados coletados a partir de
uma pesquisa de campo realizada em uma instituição de ensino superior e em uma
escola de ensino profissionalizante, assim, comparando os níveis de dependência
dos indivíduos de faixas etária diferentes, membros destras unidades de ensino.
O vício em internet, por se tratar de um fenômeno recente e pouco
pesquisado cientificamente, ainda não é considerado como doença pela OMS
(organização mundial de saúde), porém é de conhecimento geral que o uso abusivo
da internet nos dias atuais está causando problemas diversos e, portanto não
deve ser ignorado.
O vício da internet foi classificado em cinco tipos por
estudiosos.Podendo o dependente encaixar-se em mais de um tipo.O vício do dependente é classificado de acordo com a
forma que usam a internet, pelo que buscam na rede.Esses tipos de vício são:
- Vicio
em sexo virtual: são usuários que acessam abusivamente sites pornográficos,
sites de bate papo adulto, sites de fantasias eróticas e etc. Geralmente esses
usuários buscam no anonimato da internet a chance de realizar fantasias
eróticas sem ter contato direto com a outra pessoa, a industria pornográfica na
internet é imensa e lucrativa, na China por exemplo a industria pornográfica
lucra 27 bilhões de dólares por ano só com a internet.
- Vicio
em relacionamento virtual: É o vicio em redes sociais, salas de bate papo e
programas de troca de mensagens esses usuários chegam ao ponto onde os
relacionamentos virtuais são mais importantes para ele do que a relacionamentos
da “vida real” como sua família e amigos.
- Compulsão
por internet: É o vicio em jogos virtuais de vários tipos, incluindo jogos de
azar; sites de troca de produtos e leilões online como o famoso Ebay. Esses
usuários tendem a ter problemas financeiros e problemas no trabalho por conta
do stress.
- Excesso
de informação: É quando a pessoa usa a internet para ir atrás de informação
excessivamente, essa informação pode ser de todo o tipo e geralmente uma
pesquisa leva a outra resultando num ciclo infindável; ironicamente esse tipo
de usuário apresenta baixa produtividade no trabalho e em outras atividades
além de apresentar limitações sociais.
- Compulsão
por computador: São usuários que jogam excessivamente jogos off-line como
minesweeper, paciência, sinuca dentre outros, ou pessoas que são obcecadas por
programação e passam horas a fio programando sem ter um verdadeiro objetivo.
(Joanna Saisan, M.S.W.et al 2012.)
(Joanna Saisan, M.S.W.et al 2012.)
O meio o de se conectar a outras
pessoas pela internet, por um ou vários tipos de relações que partilha valores
e objetivos em comum, é considerado o principal fator que contribui para um
IAD.
Dependência de redes sociais é um
termo, às vezes, usado para referir-se a alguém que passa muito tempo usando o
Facebook, Twitter e outras formas de mídia social ao ponto deste tempo de uso
interferir em aspectos de sua vida diária.
Não existe ainda um
reconhecimento oficial médico da dependência de redes sociais ou classificação
como uma doença ou distúrbio. Ainda
assim, o conjunto de comportamentos associados ao uso pesado ou excessivo da
mídia social tornou-se o assunto de muita discussão e pesquisa.
O vício em redes sociais é uma realidade e tem impactos impossíveis de
ignorar. Um dos primeiros estudos a revelar a força dessa nova dependência de
forma inconteste foi apresentado em fevereiro pela Universidade de Chicago.
Depois de acompanhar a rotina de checagem de atualizações em redes sociais de
205 pessoas por sete dias, os pesquisadores concluíram, para espanto geral, que
resistir às tentações do Facebook é mais difícil do que dizer não ao álcool e
ao cigarro. (Loes, J. 2012)
Com mais de 400 milhões de utilizadores em todo o mundo, a rede criada
por Mark Zuckerberg atingiu um estatuto de obsessão social. Esta nova geração
de viciados do século XXI, como alguns psiquiatras estão a descobrir, apresenta
sintomas físicos e psicológicos semelhantes à adição a substâncias como a
nicotina, o álcool ou comprimidos.
Clínicas e serviços especializados,
na Itália, Estados Unidos e Reino Unido já tem como objetivo recuperar o
controle dos dependentes sobre o uso da tecnologia. De acordo Frederik Tonioni,
coordenador de uma unidade hospitalar na Itália destinada à assistência dos dependentes de redes
sociais, a adição à internet causa
"sintomas físicos similares aos que são manifestados por adictos em crises
de ressaca: ansiedade, depressão e medo. (Guerra,
A.R. 2010)
O sistema nervoso pode ser
classificado como uma grande rede de neurônios (principais células que compõe
este sistema). Esses neurônios vão se associar formando órgãos e feixes com
finalidade de Integrar todo o funcionamento orgânico e seu controle.
Do
corpo de cada neurônio saem prolongamentos que são chamados dendritos, que são
vários, e o axônio. .Esses prolongamentos funcionam como fios que levam os
impulsos nervosos por todo o organismo na rede de neurônios. Essa comunicação de neurônio
a neurônio, não ocorre na base de 1/1, pelo contrário, muitas vezes um único
neurônio pode enviar impulsos nervosos a muitos outros, por meio de
ramificações finais e de seu axônio. Os impulsos nervosos para passarem de um
neurônio para outro, através do axônio, devem vencer um espaço existente entre
eles, o qual é denominado de Fenda Sináptica. Esta função de passar e receber o
estímulo recebe o nome de Sinapse.
Para que os impulsos nervosos possam
vencer o espaço da Fenda Sináptica, entre um neurônio e outro, denominados
estes: pré- sináptico (de onde provém o impulso) e pôs sináptico (aonde chega o
impulso), o neurônio que emite o impulso libera substâncias químicas que
estimulam ou inibem o neurônio seguinte. Essas sustâncias químicas,
sintetizadas e liberadas pelos neurônios, recebem o nome de neurotransmissores.
Neurotransmissoras são substâncias
produzidas pelos neurônios. Essas substâncias são liberadas quando o axônio de
um neurônio pré-sináptico é excitado. Estas substâncias, então viajam pela
sinapse até a célula alvo, inibindo-a ou excitando-a.
Os
neurotransmissores são armazenados em vesículas neuronais. Uma vez que ocorre a
liberação, estas vesículas decaem na fenda sináptica, reagindo diretamente com
os receptores situados nas membranas do neurônio seguinte. Parte do neurotransmissor pode ser
reaproveitada pelo próprio neurônio que a liberou, ou pode ser rearmazenada
novamente em vesículas neuronais recém sintetizadas. Para que haja o
rearmazenamento, deve haver a recepção do neurotransmissor liberado pelo
próprio neurônio. É possível ainda que outra parte do neurotransmissor seja
metabolizada ou destruída por enzimas, e seus produtos eliminados no organismo.
Os neurônios precisam ter sempre a disposição esses neurotransmissores para
serem sintetizados a qualquer momento. Assim sempre que um neurotransmissor é
liberado, ocorre a síntese e o armazenamento de novas moléculas de
neurotransmissor bem como novas vesículas neuronais para substituir as que
foram utilizadas. Quando é sintetizado e não utilizado, o neurotransmissor fica
armazenado a espera de um momento preciso para ser liberado.
(Johwson, L.R. 2008)
(Johwson, L.R. 2008)
A Dopamina é um neurotransmissor que
dentre as suas inúmeras funções, podemos citar a sua relação no comportamento
de recompensa do prazer.
Liberada durante
situações agradáveis, essa substancia química estimula a busca por atividade ou
ocupação agradável. Isto significa que a alimentação, o sexo, e diversas drogas
de abuso são igualmente estimulantes na liberação da dopamina no cérebro,
particularmente nas áreas tais como os accumbens do núcleo e o córtice pré-frontal. (Mandal, A. 2012)
5. Núcleo de accumbens e área tegmental
ventral
Em nossos cérebros existem
estruturas que são responsáveis na formação de as emoções que sentimos. É
importante destacar que as estruturas envolvidas com a emoção se interligam
intensamente e que nenhuma delas é exclusivamente responsável por este ou
aquele tipo de estado emocional. No entanto, algumas contribuem mais que outras
para esse ou aquele determinado tipo de emoção
Na
parte mesencefálica (superior) do tronco cerebral existe um grupo compacto de
neurônios secretores de dopamina - área tegmental ventral - cujos axônios vão
terminar no núcleo accumbens, (via dopaminérgica mesolímbica). A descarga
espontânea ou a estimulação elétrica dos neurônios desta última região produzem
sensações de prazer, algumas delas similares ao orgasmo. Indivíduos que
apresentam, por defeito genético, redução no número de receptores das células
neurais dessa área, tornam-se incapazes de se sentirem recompensados pelas
satisfações comuns da vida e buscam alternativas "prazerosas"
atípicas e nocivas como, por exemplo, alcoolismo, compulsividade por alimentos
doces e pelo jogo.
Na
Califórnia um estudo que esta sendo realizado começou a desvendar o efeito que
as redes sociais produzem no organismo, revelando alterações nos níveis de
ocitocina A ocitocina, hormônio produzido no Hipotálamo e
armazenado na Neuroipófise, esta ligada à sensação de prazer e de bem estar
emocional.
O estudo mostra que quando usamos
o Twitter, por exemplo, ocorre um estimulo para a liberação do hormônio
que, conseqüentemente, faz diminuir os níveis de outros hormônios como cortisol
e ACTH, associados ao estresse.
Ao navegar por uma rede social,
ocorre uma grande descarga de dopamina em nosso cérebro, a dopamina é um
neurotransmissor que tem como uma principal função nos propiciar a sensação de
prazer e de contentamento, essa descarga de dopamina é o que acaba tornando tão
“viciante” o acesso a redes sociais e assim gera a dependência. (COSTA, C. 2011)
6. Auto-revelação na química
cerebral
“As pessoas derivam valor intrínseco
de comunicar informações sobre si mesmas para outras pessoas”. Esta é a
hipótese levantada a partir de um estudo de pesquisa conduzido, na Universidade
de Harvard, por Diana Tamir e Mitchell Jason dois neurocientistas
americanos.
A pesquisa, publicada na revista
Proceedings, da Academia Nacional de Ciências, sugere que o compartilhamento de
informações sobre nós mesmos, estimula os centros de prazer dos nossos
cérebros, provocando então a dependência para com a mídia social.
A
auto-revelação foi fortemente associada com a ativação aumentada em regiões do
cérebro, que formam o sistema dopaminérgico mesolímbico, incluindo o núcleo
accumbens e área tegmental ventral.
Relatos de estudos já teriam
descoberto que de 30% a 40% das conversas diárias são baseadas no fato de
comunicar experiências próprias com outras pessoas. Os pesquisadores de Harvard
partiram de um princípio de que o fato estaria relacionado com algumas
recompensas emocionais ou psíquicas.
Em seus experimentos, os
pesquisadores utilizaram o método de exames por RM (ressonância magnética) para
escanear o cérebro das pessoas enquanto estas tiveram a opção de falar de si e
ouvir outras pessoas para julgar os seus pensamentos.
Descobriram que o ato de auto-divulgação acende as áreas do
cérebro que também são ativados por atividades prazerosas conhecidas, como
comer e sexo.
(Tamir, D.I. et al 2012)
(Tamir, D.I. et al 2012)
Pesquisadores já teorizaram que o
uso de mídias sociais pode liberar substâncias químicas indutoras de prazer no
cérebro, como a dopamina, a mesma substância química liberada no cérebro dos
alcoólatras quando bebem e viciados em nicotina quando fumam.
Sherry Turkle, pesquisadora
do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, escreveu extensivamente sobre o
impacto das mídias sociais no relacionamento, teorizando que eles realmente
enfraquecerem laços humanos. Em seu livro, Alone Together: Why We
Expect More from Technology and Less from Each Other (Sozinhos juntos: Porque esperamos mais da
tecnologia e menos um do outro?) ela narra alguns dos impactos negativos
da constantemente conectados por tecnologia, que, paradoxalmente, pode deixar
as pessoas se sentindo mais sozinha.
Preferir estabelecer relações com
amigos virtuais em vez de amigos do mundo real; deixar de lado as atividades
que precisariam ser feitas para poder ficar mais tempo na frente do computador;
observar prejuízos no trabalho, escola ou mesmo nas relações pessoais; “São
elementos de fortes indícios de que a pessoa se tornou ou está se tornando
dependente da internet”. (de Abreu, C.N 2008)
Uma tese citada em debates atuais
criada em 1995 pelo sociólogo americano Robert Putnam diz que o uso compulsivo
da internet vem transformando nossas relações: tornou muito mais fácil manter
contato com os amigos e conhecer gente nova. Mas será que as amizades online
não fazem com que as pessoas acabem se isolando e tenham menos amigos off-line,
"de verdade"?
Muitos estudiosos e pesquisadores
discordam com tal tese e concluíram que o acesso a redes sociais pode fazer as
pessoas se sentirem melhor e mais ligado à sociedade. Uma pesquisa feita pela
Universidade de Toronto constatou que a internet faz você ter mais
amigos - dentro e fora da rede. Durante a década passada, período de surgimento
e ascensão dos sites de rede social, o número médio de amizades das
pessoas cresceu. E os chamados heavy users, que passam mais tempo na internet,
foram os que ganharam mais amigos no mundo real - 38% mais. Já quem não usava a
internet ampliou suas amizades em apenas 4,6%. (COSTA, C. 2011)
8. Efeitos e distúrbios
Classificada uma Dissonia, categoria
usada pela OMS para se referir a distúrbios de sono, a Insônia é um tipo
de problema que vem atingindo milhares
de pessoas atualmente.Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o
Brasil é considerado o país campeão em insônia, sintoma que afeta 40% da população.Em
contrapartida ao distúrbio da insônia o acesso a redes sociais para muitos seria uma maneira de combatê-la.Porem
essa atitude não é recomendada para quem quer mesmo dormir. (Cruz,
P. 2010)
Um estudo feito na UNICAMP
- Universidade de Campinas – SP mostra que computadores, tablets e outros
gadgets tendem a ser mais estimulantes que relaxantes para a maioria das
pessoas.
Um dos fatores e alteração
na produção para níveis naturais de melatonina.
A melatonina e um hormônio produzido pelo organismo de forma natural que influencia a regulação do sono. Ela é produzida pelo quando anoitece, em resposta ao escuro da noite, porém ao existirem luzes acesas de noite, como o computador ou mesmo a televisão ligada na hora de dormir, a quantidade ideal de melatonina não é produzida de forma correta diminuindo assim a sensação de sono.
(Duarte, G.G 2010)
A melatonina e um hormônio produzido pelo organismo de forma natural que influencia a regulação do sono. Ela é produzida pelo quando anoitece, em resposta ao escuro da noite, porém ao existirem luzes acesas de noite, como o computador ou mesmo a televisão ligada na hora de dormir, a quantidade ideal de melatonina não é produzida de forma correta diminuindo assim a sensação de sono.
(Duarte, G.G 2010)
A depressão também tem sido
associada ao uso excessivo da Internet por pesquisadores do Instituto de
Ciências Psicológicas em Leeds, Reino Unido. Os pesquisadores descobriram
que os participantes do estudo que apresentavam sinais de uso excessivo da
Internet Eles teorizaram que o acesso a sites relacionais,seria umas substituição para a a socialização da vida real , resultando em
depressão”, mas ainda há controvérsias. (Cocke, A. 2010)
9. Material e métodos
9.1 Locais de estudo
A pesquisa foi desenvolvida em uma
Instituição de ensino superior e uma unidade de ensino profissionalizante,
localizadas no município de Santos, estado de São Paulo – Brasil
9.2 Sujeitos da pesquisa
Um universo de investigação composto
por 300 alunos, sendo 150 membros de uma unidade de ensino profissionalizante
com faixas etárias entre 11 a 18 anos e outros 150 alunos de uma instituição de
ensino superior com faixas etárias entre 18 a 35 anos.
Foi realizada uma pesquisa de campo
de cunho quantitativo que teve como objetivo coletar dados referentes os níveis
de dependência dos indivíduos para com as redes sociais especificamente o Facebook.
Para
isso foi aplicado o questionário: Escala
Bergen de Dependência do Facebook Desenvolvida pela psicóloga Cecilie Schou
Andreassen, da Universidade de Bergen a escala revela que – sem surpresas – que
os sintomas de vício por Facebook são bem parecidos com vício em álcool ou
drogas (ANEXO I).
Andraessen e colegas finalizaram o questionário com 6 critérios
básicos, a dar uma das seguintes cinco respostas para cada uma: (1) Muito
raramente, (2) Raramente, (3) Às vezes, (4) Muitas vezes, e ( 5) Muito
frequentemente.
Andreassen alega que marcar as
respostas 4 ou 5 em ao menos quatro desses itens, você pode ser um viciado em
Facebook. (Paddock, C 2012)
Os dados obtidos foram expressos em
duas tabelas para melhor entendimento da aplicação da metodologia da pesquisa
quantitativa proposta.
10.1 Amostra estudada
A Tabela 1 exibe os resultados, a
partir dos níveis da escala proposta no questionário de Bergen, da pesquisa
realizada em uma escola de ensino profissionalizante, onde os participantes têm
faixa etária entre 11 e 18 anos de idade.
Tabela 1
150
alunos responderam ao questionário. A tabela mostra a quantidade de respostas
dos alunos por questões avaliadas, que vão dos níveis de 1 a 5 definidos pela escalaT |
Tabela1- Escala Bergan de dependência do Facebook. IDADE 11 a 18ANOS. Santos –SP –Brasil. nov /2012 |
A Tabela 2 exibe os resultados, a
partir dos níveis da escala proposta no questionário de Bergen, da pesquisa
realizada em uma instituição de ensino superior, onde os participantes têm
faixa etária entre 19 e 40 anos de idade.
Tabela 2
150
alunos responderam ao questionário. A tabela mostra a quantidade de respostas
dos alunos por questões avaliadas, que vão dos níveis de 1 a 5 definidos pela
escala.
Tabela2- Escala Bergan de dependência do Facebook. IDADE 19 a 40 ANOS. Santos –SP –Brasil. nov /2012 |
Comparando-se os gráficos apontando os
níveis 4 e 5: O 1º, obtido da pesquisa realizada com alunos de idades ente 12 e
18, e o 2º obtido com alunos de 18 a 40, percebemos que os mais jovens tem
tendências maiores à dependência. Apenas a questão de número 1 aponta,
no segundo gráfico, o nível 4 (Muitas
vezes) superior ao primeiro. A questão pergunta se o individuo gasta maior
tempo pensando em como utilizar o
Facebook
O
estudo, baseado nas referências e em levantamento bibliográfico, mostra que a
dependência de redes sociais é um fenômeno recente e que vem crescendo a cada
dia junto ao avanço tecnológico. O fenômeno ainda é pouco explorado, mas já
gera debate nos meios científicos e de pesquisa.Concluímos pela pesquisa que os
jovens estão mais aptos a desenvolver esta dependência o que subentende que uma
nova forma de se relacionar vem ganhando força e notoriedade na sociedade.
O
grande desafio das pesquisas iniciadas é descobrir qual o meio de fazer uso das
redes sócias de forma que não tenham um impacto negativo na vida dos indivíduos
seja nas formas social, física ou psíquica.
O trabalho foi apresentado na disciplina de TIDIR (Trabalho Interdiciplinar Dirigido) com a finalidade de contexualizar conhecimentos aprendidos durante o semestre (ANEXO II)
O trabalho foi apresentado na disciplina de TIDIR (Trabalho Interdiciplinar Dirigido) com a finalidade de contexualizar conhecimentos aprendidos durante o semestre (ANEXO II)
Nabuco de Abreu, Cristiano;
Gomes Karam, Rafael; Sampaio Góes, Dora; Tormain Spritzer, Daniel. Dependência da internet e jogos eletrônicos:
uma revisão.
Rev.Bras.Psiquiatr. Vol.30 no. 2 São Paulo Jun/2008.
Disponível em:< http:// www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462008000200014&lang=pt&tlng> Acesso em: 30 set.2012.
Rev.Bras.Psiquiatr. Vol.30 no. 2 São Paulo Jun/2008.
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Walker, Leslie. What is Social Networking Addiction? 2012.
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Loes, João. Viciados
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Johwson,
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Tamir, Diana I. e Mitchell, Jason P. Revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) Disponível em: <http://www.pnas.org/content/early/2012/05/01/1202129109.
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Galgani Mesquita Duarte, Gema. “Hábitos de vida e
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Cruz, Paula. Insônia: problema afeta 40% da população
brasileira abr/2010
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Cocke, Anna. Internet addiction e health effects –
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Disponível em :< http://www.livestrong.com/article/134688-internet-addiction-health-effects/#ixzz2D39nzH4X> Acesso: 25 nov.2012.
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Tvi24 [On Line]. Vício da Internet: verdade ou mito? mai/2010
Disponível em: <http://www.tvi24.iol.pt/media-e-comunicacoes/internet-tecnologia-comunicacao-vicio-agencia-financeira/1166269-5239.html>Acesso em: 30 set.2012.
Disponível em: <http://www.tvi24.iol.pt/media-e-comunicacoes/internet-tecnologia-comunicacao-vicio-agencia-financeira/1166269-5239.html>Acesso em: 30 set.2012.
Joanna Saisan, M.S.W; Melinda Smith, M.A; Lawrence Robinson and Jeanne
Segal, Ph.D.
Internet and Computer
Addiction -Signs, symptoms, and treatment
nov/2012. Disponível em:< http://www.helpguide.org/mental/internet_cybersex_addiction.htm>
Acesso em: 28 nov.2012.
nov/2012. Disponível em:< http://www.helpguide.org/mental/internet_cybersex_addiction.htm>
Acesso em: 28 nov.2012.
ANEXO I
AVALIAÇÃO SOBRE OS DANOS FÍSICOS E
PSÍQUICOS CAUSADOS PELO USO ABUSIVO DAS REDES SOCIAIS
Questionário
(1) Muito
raramente, (2) Raramente, (3) Às vezes, (4) Muitas vezes, e (5) Muito
frequentemente.
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ANEXO II