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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

DEPENDÊNCIA DA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES: UMA AVALIAÇÃO SOBRE OS DANOS FÍSICOS E PSÍQUICOS CAUSADOS PELO USO ABUSIVO DAS REDES SOCIAIS

AretêSaúdeHumana. Ano 1, Vol. 1 out/nov/dez 2013, Série 14/11, p. 02


(I)Marco Antonio S. Sorrentino
(I)Gregory Doria da Silva
 (ii)Prof. Eric Boragan Gugliano

Centro Universitário Monte Serrat-UNIMONTE-Santos-SP 2013
I- Trabalho Interdisciplinar desenvolvido por alunos do primeiro ano do curso de Biomedicina
(ii)- Biólogo com mestrado em Psicobiologia. Professor do Curso de Biomedicina- UNIMONTE


Resumo


            O uso da Internet trouxe uma variedade de conveniências para a nossa vida moderna, no entanto, trouxe também um impacto 
 negativo no desempenho acadêmico, de trabalho, na vida familiar, nas relações sociais, na saúde física e no bem-estar psicológico.

            Desde 1996 o assunto sobre a dependência de internet ou IAD - Internet Addiction Disorder (termo inglês) vem provocando um sério debate na comunidade científica. Pesquisas realizadas afirmam que viciados em internet têm alterações similares no cérebro àqueles que usam drogas e álcool em excesso1.Outras pesquisas apontam que o acesso compulsivo, a redes sociais como Facebook e Twitter, é responsável por causar efeitos negativos no convívio social , assim como, outros efeitos gerados ao organismo ligados ao estresse e a outras respostas físicas e mentais.È relevante identificar a representação da dependência da internet especificamente pelo uso das redes sociais pelos indivíduos, com o intuito de entender o princípio para esse possível transtorno ainda não reconhecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Mesmo que ainda não conste no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, em inglês), a atenção em torno do assunto é tamanha que já há setores defendendo a inclusão da dependência na nova edição DSM, que deve ser publicada em maio de 2013.



            Conectando bilhões de computadores espalhados em todo mundo, a Internet deixou de ser apenas modismo e se tornou um fenômeno, tornando o mundo um lugar maravilhoso onde podemos nos comunicar em escala mundial e absorver conhecimentos de uma forma rápida e ampla através de pesquisas.   
            A grande rede mundial de computadores tornou-se uma fonte de lazer e também uma necessidade para o homem executar as tarefas do cotidiano, todavia, o problema ocorre quando a necessidade se torna um vício gerando a dependência.
            Vício em Internet (em inglês, IA - Internet Addiction, ou IAD - Internet Addiction Disorder) são alguns dos principias termos usados para definir o uso abusivo da rede mundial de computadores. O termo Internet addiction disorder foi proposto pela primeira vez em 1995 pelo psiquiatra nova-iorquino Ivan Goldberg.
(de Abreu, C.N. 2008)



                               A Ansiedade, necessidade de estar online horas a fio e tremelicar os dedos como se estivéssemos sempre a teclar eram alguns dos sintomas apontados. Em uma entrevista à revista The New Yorker, Ivan Goldberg tentou desfazer o “mito” sobre IAD que o próprio criou: “Se estendermos o conceito de dependência, teríamos de incluir tudo o que as pessoas fazem a mais, teríamos de aplicá-lo a ler livros, fazer exercício, conversar com as pessoas”. No entanto, há 15 anos o psiquiatra recebeu dezenas de mensagens de pessoas que julgavam sofrer daquela dependência.
(Tvi24 On Line 2010)

            Alguns estudiosos consideram hoje o uso excessivo das redes sociais a forma mais recente de "Internet Addiction Disorder”, porém há reconhecimento oficial médico da dependência de redes sociais como uma doença ou distúrbio. Ainda assim, o conjunto de comportamentos associados ao uso pesado ou excessivo da mídia social tornou-se o assunto de muita discussão e pesquisa. (Walker, L. 2011)

 

Objetivo

            O presente trabalho tem como objetivo apresentar informações, a partir de um levantamento bibliográfico, sobre os danos que o acesso abusivo às redes sociais, via internet, possa ocorrer ao individuo dependente. Também levantar os dados coletados a partir de uma pesquisa de campo realizada em uma instituição de ensino superior e em uma escola de ensino profissionalizante, assim, comparando os níveis de dependência dos indivíduos de faixas etária diferentes, membros destras unidades de ensino.



O vício em internet, por se tratar de um fenômeno recente e pouco pesquisado cientificamente, ainda não é considerado como doença pela OMS (organização mundial de saúde), porém é de conhecimento geral que o uso abusivo da internet nos dias atuais está causando problemas diversos e, portanto não deve ser ignorado.
O vício da internet foi classificado em cinco tipos por estudiosos.Podendo o dependente encaixar-se em mais de um tipo.O vício  do dependente é classificado de acordo com a forma que usam a internet, pelo que buscam na rede.Esses tipos  de vício são:
- Vicio em sexo virtual: são usuários que acessam abusivamente sites pornográficos, sites de bate papo adulto, sites de fantasias eróticas e etc. Geralmente esses usuários buscam no anonimato da internet a chance de realizar fantasias eróticas sem ter contato direto com a outra pessoa, a industria pornográfica na internet é imensa e lucrativa, na China por exemplo a industria pornográfica lucra 27 bilhões de dólares por ano só com a internet.
- Vicio em relacionamento virtual: É o vicio em redes sociais, salas de bate papo e programas de troca de mensagens esses usuários chegam ao ponto onde os relacionamentos virtuais são mais importantes para ele do que a relacionamentos da “vida real” como sua família e amigos.
- Compulsão por internet: É o vicio em jogos virtuais de vários tipos, incluindo jogos de azar; sites de troca de produtos e leilões online como o famoso Ebay. Esses usuários tendem a ter problemas financeiros e problemas no trabalho por conta do stress.
- Excesso de informação: É quando a pessoa usa a internet para ir atrás de informação excessivamente, essa informação pode ser de todo o tipo e geralmente uma pesquisa leva a outra resultando num ciclo infindável; ironicamente esse tipo de usuário apresenta baixa produtividade no trabalho e em outras atividades além de apresentar limitações sociais.
- Compulsão por computador: São usuários que jogam excessivamente jogos off-line como minesweeper, paciência, sinuca dentre outros, ou pessoas que são obcecadas por programação e passam horas a fio programando sem ter um verdadeiro objetivo.
(Joanna Saisan, M.S.W.et al 2012.)




            O meio o de se conectar a outras pessoas pela internet, por um ou vários tipos de relações que partilha valores e objetivos em comum, é considerado o principal fator que contribui para um IAD.
            Dependência de redes sociais é um termo, às vezes, usado para referir-se a alguém que passa muito tempo usando o Facebook, Twitter e outras formas de mídia social ao ponto deste tempo de uso interferir em aspectos de sua vida diária.
Não existe ainda um reconhecimento oficial médico da dependência de redes sociais ou classificação como uma doença ou distúrbio. Ainda assim, o conjunto de comportamentos associados ao uso pesado ou excessivo da mídia social tornou-se o assunto de muita discussão e pesquisa.
O vício em redes sociais é uma realidade e tem impactos impossíveis de ignorar. Um dos primeiros estudos a revelar a força dessa nova dependência de forma inconteste foi apresentado em fevereiro pela Universidade de Chicago. Depois de acompanhar a rotina de checagem de atualizações em redes sociais de 205 pessoas por sete dias, os pesquisadores concluíram, para espanto geral, que resistir às tentações do Facebook é mais difícil do que dizer não ao álcool e ao cigarro. (Loes, J. 2012)
Com mais de 400 milhões de utilizadores em todo o mundo, a rede criada por Mark Zuckerberg atingiu um estatuto de obsessão social. Esta nova geração de viciados do século XXI, como alguns psiquiatras estão a descobrir, apresenta sintomas físicos e psicológicos semelhantes à adição a substâncias como a nicotina, o álcool ou comprimidos.
            Clínicas e serviços especializados, na Itália, Estados Unidos e Reino Unido já tem como objetivo recuperar o controle dos dependentes sobre o uso da tecnologia. De acordo Frederik Tonioni, coordenador de uma unidade hospitalar na Itália destinada à assistência dos dependentes de redes sociais, a adição à internet  causa "sintomas físicos similares aos que são manifestados por adictos em crises de ressaca: ansiedade, depressão e medo. (Guerra, A.R. 2010)

            O sistema nervoso pode ser classificado como uma grande rede de neurônios (principais células que compõe este sistema). Esses neurônios vão se associar formando órgãos e feixes com finalidade de Integrar todo o funcionamento orgânico e seu controle.
Do corpo de cada neurônio saem prolongamentos que são chamados dendritos, que são vários, e o axônio. .Esses prolongamentos funcionam como fios que levam os impulsos nervosos por todo o organismo na rede de neurônios. Essa comunicação de neurônio a neurônio, não ocorre na base de 1/1, pelo contrário, muitas vezes um único neurônio pode enviar impulsos nervosos a muitos outros, por meio de ramificações finais e de seu axônio. Os impulsos nervosos para passarem de um neurônio para outro, através do axônio, devem vencer um espaço existente entre eles, o qual é denominado de Fenda Sináptica. Esta função de passar e receber o estímulo recebe o nome de Sinapse.
            Para que os impulsos nervosos possam vencer o espaço da Fenda Sináptica, entre um neurônio e outro, denominados estes: pré- sináptico (de onde provém o impulso) e pôs sináptico (aonde chega o impulso), o neurônio que emite o impulso libera substâncias químicas que estimulam ou inibem o neurônio seguinte. Essas sustâncias químicas, sintetizadas e liberadas pelos neurônios, recebem o nome de neurotransmissores.

            Neurotransmissoras são substâncias produzidas pelos neurônios. Essas substâncias são liberadas quando o axônio de um neurônio pré-sináptico é excitado. Estas substâncias, então viajam pela sinapse até a célula alvo, inibindo-a ou excitando-a.


Os neurotransmissores são armazenados em vesículas neuronais. Uma vez que ocorre a liberação, estas vesículas decaem na fenda sináptica, reagindo diretamente com os receptores situados nas membranas do neurônio seguinte.        Parte do neurotransmissor pode ser reaproveitada pelo próprio neurônio que a liberou, ou pode ser rearmazenada novamente em vesículas neuronais recém sintetizadas. Para que haja o rearmazenamento, deve haver a recepção do neurotransmissor liberado pelo próprio neurônio. É possível ainda que outra parte do neurotransmissor seja metabolizada ou destruída por enzimas, e seus produtos eliminados no organismo. Os neurônios precisam ter sempre a disposição esses neurotransmissores para serem sintetizados a qualquer momento. Assim sempre que um neurotransmissor é liberado, ocorre a síntese e o armazenamento de novas moléculas de neurotransmissor bem como novas vesículas neuronais para substituir as que foram utilizadas. Quando é sintetizado e não utilizado, o neurotransmissor fica armazenado a espera de um momento preciso para ser liberado.
(Johwson, L.R. 2008)


            A Dopamina é um neurotransmissor que dentre as suas inúmeras funções, podemos citar a sua relação no comportamento de recompensa do prazer.
            Liberada durante situações agradáveis, essa substancia química estimula a busca por atividade ou ocupação agradável. Isto significa que a alimentação, o sexo, e diversas drogas de abuso são igualmente estimulantes na liberação da dopamina no cérebro, particularmente nas áreas tais como os accumbens do núcleo e o córtice pré-frontal. (Mandal, A. 2012)

 

Figura 1: Dopamina
Fonte: WEB – Cefaléias [http
://cefaleias.com.br]



5. Núcleo de accumbens e área tegmental ventral

            Em nossos cérebros existem estruturas que são responsáveis na formação de as emoções que sentimos. É importante destacar que as estruturas envolvidas com a emoção se interligam intensamente e que nenhuma delas é exclusivamente responsável por este ou aquele tipo de estado emocional. No entanto, algumas contribuem mais que outras para esse ou aquele determinado tipo de emoção
Na parte mesencefálica (superior) do tronco cerebral existe um grupo compacto de neurônios secretores de dopamina - área tegmental ventral - cujos axônios vão terminar no núcleo accumbens, (via dopaminérgica mesolímbica). A descarga espontânea ou a estimulação elétrica dos neurônios desta última região produzem sensações de prazer, algumas delas similares ao orgasmo. Indivíduos que apresentam, por defeito genético, redução no número de receptores das células neurais dessa área, tornam-se incapazes de se sentirem recompensados pelas satisfações comuns da vida e buscam alternativas "prazerosas" atípicas e nocivas como, por exemplo, alcoolismo, compulsividade por alimentos doces e pelo jogo.
            Na Califórnia um estudo que esta sendo realizado começou a desvendar o efeito que as redes sociais produzem no organismo, revelando alterações nos níveis de ocitocina A ocitocina, hormônio produzido no Hipotálamo e armazenado na Neuroipófise, esta ligada à sensação de prazer e de bem estar emocional.
            O estudo mostra que quando usamos o Twitter, por exemplo, ocorre um estimulo para a liberação do hormônio que, conseqüentemente, faz diminuir os níveis de outros hormônios como cortisol e ACTH, associados ao estresse.
            Ao navegar por uma rede social, ocorre uma grande descarga de dopamina em nosso cérebro, a dopamina é um neurotransmissor que tem como uma principal função nos propiciar a sensação de prazer e de contentamento, essa descarga de dopamina é o que acaba tornando tão “viciante” o acesso a redes sociais e assim gera a dependência. (COSTA, C. 2011)

6. Auto-revelação na química cerebral
            “As pessoas derivam valor intrínseco de comunicar informações sobre si mesmas para outras pessoas”. Esta é a hipótese levantada a partir de um estudo de pesquisa conduzido, na Universidade de Harvard, por Diana Tamir e Mitchell Jason dois neurocientistas americanos.
            A pesquisa, publicada na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências, sugere que o compartilhamento de informações sobre nós mesmos, estimula os centros de prazer dos nossos cérebros, provocando então a dependência para com a mídia social.
A auto-revelação foi fortemente associada com a ativação aumentada em regiões do cérebro, que formam o sistema dopaminérgico mesolímbico, incluindo o núcleo accumbens e área tegmental ventral.
            Relatos de estudos já teriam descoberto que de 30% a 40% das conversas diárias são baseadas no fato de comunicar experiências próprias com outras pessoas. Os pesquisadores de Harvard partiram de um princípio de que o fato estaria relacionado com algumas recompensas emocionais ou psíquicas.
            Em seus experimentos, os pesquisadores utilizaram o método de exames por RM (ressonância magnética) para escanear o cérebro das pessoas enquanto estas tiveram a opção de falar de si e ouvir outras pessoas para julgar os seus pensamentos.

Descobriram que o ato de auto-divulgação acende as áreas do cérebro que também são ativados por atividades prazerosas conhecidas, como comer e sexo.
(Tamir, D.I. et al  2012)
           
            Pesquisadores já teorizaram que o uso de mídias sociais pode liberar substâncias químicas indutoras de prazer no cérebro, como a dopamina, a mesma substância química liberada no cérebro dos alcoólatras quando bebem e viciados em nicotina quando fumam.



7. Impacto social
                Sherry Turkle, pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, escreveu extensivamente sobre o impacto das mídias sociais no relacionamento, teorizando que eles realmente enfraquecerem laços humanos. Em seu livro, Alone Together: Why We Expect More from Technology and Less from Each Other (Sozinhos juntos: Porque esperamos mais da tecnologia e menos um do outro?) ela narra alguns dos impactos negativos da constantemente conectados por tecnologia, que, paradoxalmente, pode deixar as pessoas se sentindo mais sozinha.
            Preferir estabelecer relações com amigos virtuais em vez de amigos do mundo real; deixar de lado as atividades que precisariam ser feitas para poder ficar mais tempo na frente do computador; observar prejuízos no trabalho, escola ou mesmo nas relações pessoais; “São elementos de fortes indícios de que a pessoa se tornou ou está se tornando dependente da internet”. (de Abreu, C.N 2008)
            Uma tese citada em debates atuais criada em 1995 pelo sociólogo americano Robert Putnam diz que o uso compulsivo da internet vem transformando nossas relações: tornou muito mais fácil manter contato com os amigos e conhecer gente nova. Mas será que as amizades online não fazem com que as pessoas acabem se isolando e tenham menos amigos off-line, "de verdade"?
            Muitos estudiosos e pesquisadores discordam com tal tese e concluíram que o acesso a redes sociais pode fazer as pessoas se sentirem melhor e mais ligado à sociedade. Uma pesquisa feita pela Universidade de Toronto constatou que a internet faz você ter mais amigos - dentro e fora da rede. Durante a década passada, período de surgimento e ascensão dos sites de rede social, o número médio de amizades das pessoas cresceu. E os chamados heavy users, que passam mais tempo na internet, foram os que ganharam mais amigos no mundo real - 38% mais. Já quem não usava a internet ampliou suas amizades em apenas 4,6%. (COSTA, C. 2011)


8. Efeitos e distúrbios
            Classificada uma Dissonia, categoria usada pela OMS para se referir a distúrbios de sono, a Insônia é um tipo de problema  que vem atingindo milhares de pessoas atualmente.Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é considerado o país campeão em insônia, sintoma que afeta 40% da população.Em contrapartida ao distúrbio da insônia o acesso a redes sociais para  muitos seria uma maneira de combatê-la.Porem essa  atitude não é  recomendada para quem quer mesmo dormir. (Cruz, P. 2010)
            Um estudo feito na UNICAMP - Universidade de Campinas – SP mostra que computadores, tablets e outros gadgets tendem a ser mais estimulantes que relaxantes para a maioria das pessoas.
                Um dos fatores e alteração na produção para níveis naturais de melatonina.
A melatonina e um hormônio produzido pelo organismo de forma natural que influencia a regulação do sono.  Ela é produzida pelo quando anoitece, em resposta ao escuro da noite, porém ao existirem luzes acesas de noite, como o computador ou mesmo a televisão ligada na hora de dormir, a quantidade ideal de melatonina não é produzida de forma correta diminuindo assim a sensação de sono.
 (Duarte, G.G 2010)
            A depressão também tem sido associada ao uso excessivo da Internet por pesquisadores do Instituto de Ciências Psicológicas em Leeds, Reino Unido. Os pesquisadores descobriram que os participantes do estudo que apresentavam sinais de uso excessivo da Internet Eles teorizaram que o acesso a sites  relacionais,seria umas substituição para a  a socialização da vida real , resultando em depressão”, mas ainda há controvérsias. (Cocke, A. 2010)

9. Material e métodos


9.1 Locais de estudo


            A pesquisa foi desenvolvida em uma Instituição de ensino superior e uma unidade de ensino profissionalizante, localizadas no município de Santos, estado de São Paulo – Brasil

9.2 Sujeitos da pesquisa


            Um universo de investigação composto por 300 alunos, sendo 150 membros de uma unidade de ensino profissionalizante com faixas etárias entre 11 a 18 anos e outros 150 alunos de uma instituição de ensino superior com faixas etárias entre 18 a 35 anos.
            Foi realizada uma pesquisa de campo de cunho quantitativo que teve como objetivo coletar dados referentes os níveis de dependência dos indivíduos para com as redes sociais especificamente o Facebook.
Para isso foi aplicado o questionário: Escala Bergen de Dependência do Facebook Desenvolvida pela psicóloga Cecilie Schou Andreassen, da Universidade de Bergen a escala revela que – sem surpresas – que os sintomas de vício por Facebook são bem parecidos com vício em álcool ou drogas (ANEXO I).
Andraessen e colegas finalizaram o questionário com 6 critérios básicos, a dar uma das seguintes cinco respostas para cada uma: (1) Muito raramente, (2) Raramente, (3) Às vezes, (4) Muitas vezes, e ( 5) Muito frequentemente.
Andreassen alega que marcar as respostas 4 ou 5 em ao menos quatro desses itens, você pode ser um viciado em Facebook. (Paddock, C 2012)

            Os dados obtidos foram expressos em duas tabelas para melhor entendimento da aplicação da metodologia da pesquisa quantitativa proposta.
10.1 Amostra estudada
            A Tabela 1 exibe os resultados, a partir dos níveis da escala proposta no questionário de Bergen, da pesquisa realizada em uma escola de ensino profissionalizante, onde os participantes têm faixa etária entre 11 e 18 anos de idade.

Tabela 1
150 alunos responderam ao questionário. A tabela mostra a quantidade de respostas dos alunos por questões avaliadas, que vão dos níveis de 1 a 5 definidos pela escala

 
T
Tabela1- Escala Bergan de dependência do Facebook. IDADE 11 a 18ANOS. Santos –SP –Brasil. nov /2012 


            A Tabela 2 exibe os resultados, a partir dos níveis da escala proposta no questionário de Bergen, da pesquisa realizada em uma instituição de ensino superior, onde os participantes têm faixa etária entre 19 e 40 anos de idade.
Tabela 2
150 alunos responderam ao questionário. A tabela mostra a quantidade de respostas dos alunos por questões avaliadas, que vão dos níveis de 1 a 5 definidos pela escala.


 Tabela2- Escala Bergan de dependência do Facebook. IDADE 19 a 40 ANOS. Santos –SP –Brasil. nov /2012



Comparando-se os gráficos apontando os níveis 4 e 5: O 1º, obtido da pesquisa realizada com alunos de idades ente 12 e 18, e o 2º obtido com alunos de 18 a 40, percebemos que os mais jovens tem tendências maiores à dependência. Apenas a questão de número 1 aponta, no segundo  gráfico, o nível 4 (Muitas vezes) superior ao primeiro. A questão pergunta se o individuo gasta maior tempo pensando em como utilizar o Facebook


            O estudo, baseado nas referências e em levantamento bibliográfico, mostra que a dependência de redes sociais é um fenômeno recente e que vem crescendo a cada dia junto ao avanço tecnológico. O fenômeno ainda é pouco explorado, mas já gera debate nos meios científicos e de pesquisa.Concluímos pela pesquisa que os jovens estão mais aptos a desenvolver esta dependência o que subentende que uma nova forma de se relacionar vem ganhando força e notoriedade na sociedade.
            O grande desafio das pesquisas iniciadas é descobrir qual o meio de fazer uso das redes sócias de forma que não tenham um impacto negativo na vida dos indivíduos seja nas formas social, física ou psíquica. 
            O  trabalho foi apresentado na disciplina de TIDIR (Trabalho Interdiciplinar Dirigido) com a finalidade de contexualizar conhecimentos aprendidos durante o semestre (ANEXO II)


Referências bibliográficas

Nabuco de Abreu, Cristiano; Gomes Karam, Rafael; Sampaio Góes, Dora; Tormain Spritzer, Daniel. Dependência da internet e jogos eletrônicos: uma revisão.
Rev.Bras.Psiquiatr. Vol.30 no. 2 São Paulo Jun/2008.
Disponível em:< http:// www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462008000200014&lang=pt&tlng> Acesso em: 30 set.2012.


Walker, Leslie. What is Social Networking Addiction? 2012.
Disponível em <http:// personalweb.about.com/od/facebookculture/tp/7-Signs-Of-Facebook-Addiction.htm> Acesso em: 01 nov.2012.


Loes, João. Viciados em Redes Sociais. Revista ISTOE [On Line], Nº 2217
mai/2012.
Disponível em:
http://www.istoe.com.br/reportagens/204040_VICIADOS+
EM+REDES+SOCIAIS> Acesso em: 23 out.2012.

Johwson, L.R. Fundamento de Fisiologia Médica. Ed. Guanabara 2000.
Disponível em: <http://www.saudeemmovimento.com.br/revista/artigos/ciencias

farmaceuticas /v1n1a6.pdf> Acesso em 25 nov.2012.

Mandal, Ananya. Funções da Dopamina 2012.Disponível em:< http://www.news-medical.net/health/Dopamine-Functions-(Portuguese). aspx, >Acesso em 25/ nov.2012.



Costa, Camila. Como a internet está mudando a amizade. Revista Super Interessante [On Line], fev/2011.Disponível em:<http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internet-esta-mudando-amizade-619645.shtml> Acesso em: 22 set.2012.



Tamir, Diana I.  e Mitchell, Jason P. Revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) Disponível em: <http://www.pnas.org/content/early/2012/05/01/1202129109. abstract> Acesso: 28 out.2012.



Galgani Mesquita Duarte, Gema. “Hábitos de vida e queixas de sono em um grupo de jovens universitários”- nov/2010 – ANO XXIV – Nº 480
Disponível em:< http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/novembro
2010 /ju480_pag05.php#> Acesso: 15 nov.2012 .



Cruz, Paula. Insônia: problema afeta 40% da população brasileira abr/2010
Disponível em: <http://www.nominuto.com/noticias/cidades/insonia-problema-afeta-40-da-populacao-brasileira/51562/ >Acesso: 25 nov.2012.



Cocke, Anna. Internet addiction e health effects – mai/2010
Disponível em :< http://www.livestrong.com/article/134688-internet-addiction-health-effects/#ixzz2D39nzH4X> Acesso: 25 nov.2012.



Tvi24 [On Line]. Vício da Internet: verdade ou mito?  mai/2010
Disponível em: <
http://www.tvi24.iol.pt/media-e-comunicacoes/internet-tecnologia-comunicacao-vicio-agencia-financeira/1166269-5239.html>Acesso em: 30 set.2012.

Joanna Saisan, M.S.W; Melinda Smith, M.A; Lawrence Robinson and Jeanne Segal, Ph.D. 

Internet and Computer Addiction -Signs, symptoms, and treatment
nov/2012.
Disponível em:< http://www.helpguide.org/mental/internet_cybersex_addiction.htm>
Acesso em: 28 nov.2012.
  

ANEXO I




 AVALIAÇÃO SOBRE OS DANOS FÍSICOS E PSÍQUICOS CAUSADOS PELO USO ABUSIVO DAS REDES SOCIAIS
Questionário

(1) Muito raramente, (2) Raramente, (3) Às vezes, (4) Muitas vezes, e (5) Muito frequentemente.









Você gasta tempo pensando ou planejando como usar seu Facebook?
 





 



Você sempre sente vontade de usar o Facebook?
 





 



Você tentou reduzir o uso do Facebook, sem sucesso?
 





 



Você torna-se inquieto ou preocupado se você está proibido de usar o Facebook?
 
 











 



Você usa tanto Facebook de modo que teve um impacto negativo sobre o seu
trabalho ou estudos?
 





 
 
ANEXO II