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quinta-feira, 25 de julho de 2013

SAÚDE AMBIENTAL NA ENFERMAGEM: UMA ESTRATÉGIA DE ACOLHIMENTO

 AretêSaúdeHumana. Ano 1, Vol. 1 Jul/Ago/Set, 2013. Série 25/07. p. 06
 
(1)Celina dos Santos Sobral
(1)Jordana Nascimento
(1)Leandro dos Santos
(1)Márcia Guia 
(1)Silmara Brunetto

         Orientador: Profª Ms. Bruna Renó

Centro Universitário Monte Serrat- UNIMONTE-SANTOS-SP 2012

1-Trabalho interdisciplinar desenvolvido pelos alunos do curso de Enfermagm do primeiro ano.

Resumo
Os resíduos sólidos resultantes das atividades humanas e as questões sobre o meio ambiente no Brasil são temas atuais e relevantes. Diante dessa perspectiva este trabalho propõe uma reflexão na saúde ambiental e enfermagem através do acolhimento para pacientes em forma da construção de um banco de garrafas pet para ser utilizado em uma unidade básica de saúde de São Vicente – SP, durante a espeta para a coleta de exames laboratoriais. A coleta seletiva é uma ferramenta que pode ser utilizada de forma a conscientizar a sociedade a rever conceitos como reutilização, redução e reciclagem de seus resíduos.    Foram disponibilizados na unidade 11 bancos e alguns usuários se interessaram e conversaram com a equipe sobre o reaproveitamento das garrafas em forma de banco..  A enfermagem deve procurar proporcionar um meio ambiente saudável e o acolhimento com objetivo de encontrar estratégias para um melhor atendimento.

 

Palavras – chave: Saúde Ambiental. Acolhimento. Resíduos Sólidos. Garrafa Pet.

I - Introdução          

Chegamos ao século XXI “como a civilização dos resíduos”, marcada pelo esbanjamento e utilização dos recursos naturais como se fossem inesgotáveis.  Não se pode duvidar da importância da atividade de limpeza urbana para o meio ambiente e para a saúde da comunidade, essa certeza não se traduz em ações efetivas que possibilitassem mudanças na qualidade em que se encontram os sistemas de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos em toda América Latina. (Disponível em www.ccs.uel.br/espacoparasaude, acessado em 15/09/2012).
Bertussi Filho et al 1989, já considerava uma pretensão definir que “o que é lixo para alguns, é alimento para outros”. Considera-se genericamente, que lixo é o conjuntos de resíduos sólidos resultantes das atividades humanas. (Disponível em www.ccs.uel.br/espacoparasaude, acessado em 15/09/2012).
A discussão das questões ambientais no Brasil, em 1998, vinha ocorrendo de forma igual ao desenvolvimento da saúde coletiva, sem a necessária união que possibilitasse experiências interdisciplinares para uma busca de soluções. (Disponível em www.ccs.uel.br/espacoparasaude, acessado em 15/09/2012).
    A produção de resíduos sólidos urbanos (RSU) tem aumentado consideravelmente no país.
            O Brasil recicla 7, 1 milhões de toneladas de resíduos gerados nas cidades representando 13% do lixo produzido (Disponível em www.senado.gov.br, acessado em 23/08/12).
A produção diária de RSU no Brasil é de aproximadamente 149 mil toneladas, e em 2010, cada brasileiro produziu cerca de 378 kg de lixo, e a destinação inadequada aumentou quase dois milhões de toneladas ( para lixões e aterros controlados). A região de São Paulo é a que mais produz RSU no Brasil com mais de 55 mil toneladas por dia. (Disponível em planetasustentavel.abril.com, acessado em 23/08/12).
Em abril de 2012, foi publicado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) que no Brasil, houve um aumento de 120% no numero de municípios em relação a programas de coleta seletiva (entre 2.000 e 2008), e em 2010 o Brasil reciclou 56% das embalagens Poli (Tereftalato de Etileno) - PET colocadas no mercado (Disponível em www.ipea.gov.br, acessado em 01/09/2012).
Um estudo realizado em 1999, estimou que mais de cinco milhões de pessoas morra por ano, no  mundo inteiro, devido a enfermidade relacionadas com resíduos. (Disponível em www.ccs.uel.br/espacoparasaude, acessado em 15/09/2012), e segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas/Compromisso Empresarial para Reciclagem (IPT/CEMPRE), ainda em 1995 o Brasil já gerava 241.614 toneladas de lixo por dia, e em 1997, ainda utilizava métodos muito primitivos em relação aos seus resíduos. (Disponível em www.cnpmf.embrapa.br, acessado em 15/09/2012).
Embora a principal discussão, quanto à produção, se dê sobre os resíduos infecciosos e seu risco biológico, também os resíduos químicos devem ser considerados quanto ao aspecto dos riscos para a saúde humana é o meio ambiente, já que diferentemente dos resíduos domiciliares comuns, os serviços de saúde podem apresentar grande quantidade de substâncias químicas-como desinfetantes, antibióticos e outros medicamentos decorrendo daí também o risco químico além do biológico. (Disponível em www.revistaea.org, acessado em 15/09/2012).
Estabeleceu um marco regulatório para o país, a Política Nacional de Saneamento Básico, lei n. 11.445 de 2007, no qual o Plano de Resíduos Sólidos deve fazer parte os Planos Municipais de Saneamento e na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), lei n. 12.305, de 2010 (Disponível em www.planalto.gov.br, acessado em 29/08/12).
Para Jacobi e Besen 2011, dentre outras propostas o Plano Nacional de Resíduos Sólidos recomenda a responsabilidade compartilhada (gestores, consumidores e fabricantes) dos resíduos sólidos como a redução, reutilização, e reciclagem com o objetivo de reduzir resíduos em aterros sanitários.
Segundo Coelho 2010, na comunidade envolvida pode ser gerado muitos benefícios através da reciclagem, aumentando a consciência ecológica e mudanças de atitudes em favor do meio ambiente, e pode se iniciar por simples ações. (Disponível em http://ecologia.icb.ufmg.br, acessado em 08/09/12)
Buscam-se alternativas para que a comunidade participe em ações simples, juntamente com os profissionais de saúde colaborando com a humanização dentro do contexto ambiente – saúde, e que considerem alguns elementos que devem promover a melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida em geral.
As unidades básicas de saúde são locais onde há atendimento gratuito a população pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e oferecem serviços especializados de consulta em Clinica Geral, Ginecologia, Pediatria, Odontologia e Enfermagem, oferecendo serviços como: curativos, vacinas, inalação, coleta de exames laboratoriais, entre outros.
Para Rodrigues et al 2009,apud Verissimo e Valle, 2006, deve-se  tornar a sala de espera um ambiente acolhedor, humanizado e um  espaço que agrega uma gama de conhecimento e troca de valores entre os usuários os profissionais.
Algumas instituições oferecem na sala de espera televisores, aparelhos de áudio e vídeo e bebedouros.
A unidade básica de saúde como porta de entrada do sistema de saúde tem dentre outros, o objetivo de proporcionar um ambiente de acolhimento, e segundo a Resolução da Diretoria Colegiada nº 50/2002 da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) deve assegurar para os usuários os seguintes ambientes: local de espera para pacientes e acompanhantes, registro, preparo de pacientes, serviços, entre outros. Disponível em: (http://bvsms.saude.gov.br/bvs/palestras/somasus/Somasus_bvs.pdf, acessado em 22/09/2012).
Para as Normas e Manual Técnico – Brasília 2006 deve-se planejar observando as normas em vigor em âmbito municipal, estadual e nacional.


Este estudo tem como objetivo construir um banco com aproximadamente 1.000 garrafas plásticas para utilização de pacientes que aguardam exames laboratoriais em uma unidade de saúde em São Vicente – SP. 
                   


III - Metodologia

Para a consecução desse trabalho foi observado o serviço de coleta laboratorial que atende aproximadamente 40 pacientes, duas vezes por semana e é prestado pela unidade básica de saúde JIP (Jóquei Instituição Promocional) – São Vicente, localizada no bairro Jóquei Clube.
Os bancos existentes no local não são suficientes para comportar todas as pessoas que aguardam o serviço, e identificamos a necessidade de mais conforto para as pessoas que ainda não foram atendidas.
Para tanto, fizemos uma revisão bibliográfica em livros, revistas, artigos, periódicos e através de meio eletrônico, e entramos em contato com a Cooperativa de Trabalho da Cidade Alta (Coopercial) no Parque Ambiental Sambaiatuba (São Vicente) que através do Prof. Fábio Lopes (Unimonte) nos disponibilizou aproximadamente 1.000 garrafas plásticas entregues na própria unidade de saúde.
A unidade forneceu luvas de procedimentos, local com água corrente, sabão em pedra e esponja para a limpeza das garrafas e na triagem foram removidas todas as sujidades possíveis, as que permaneciam com sujidades que não poderiam ser removidas ou muito amassadas foram descartadas e posteriormente recolhidas pela Coopercial.
Optamos por utilizar garrafas de refrigerantes de Coca-Cola (1,5 litros; 2 litros; 2,25 litros; 2,5 litros) e Dolly (2 litros) por serem em maior quantidade que foi nos fornecido, e serem embalagens de maior resistência e melhor manejo para construção das peças, conforme foto 01
 Figura 1 -  Três garrafas com tampa.Fonte: OS AUTORES .Santos 2012

Para a construção de cada modulo foram utilizados três garrafas e tesouras para trabalhos manuais, como segue nas fotos 02, 03, 04 e 05 que ilustram o passo a passo da montagem.

              

Figura 2:  Garrafas cortadas e divididas.Fonte:OS AUTORES. Santos 2012.





 Figura 3:   Bico da garrafa encaixado no fundo..Fonte:OS AUTORES. Santos 2012. legenda


 
     
Figura 4: Garrafa inteira encaixada na peça. Fonte:OS AUTORES. Santos 2012.


Figura 5:Peça de resistência pronta. Fonte:OS AUTORES. Santos 2012.

Após a montagem de 693 peças de resistência foi separadas em duplas e presas, duas a duas com fita adesiva tipo durex largo transparente (20 metros cada rolo), juntando novamente os conjuntos de dois em dois, formando quatro grupos de quatro peças de resistência, em seguida formando grupo de oito peças, e logo após formando um grupo de dezesseis peças, conforme fotos 06, 07 e 08.



 Figura 6: Peça de resistência prontas . Fonte:OS AUTORES. Santos 2012.


             
Figura 7:  União das peças. Fonte:OS AUTORES. Santos 2012.



Figura 8:Algumas peças prontas. Fonte:OS AUTORES. Santos 2012.


Cada grupo de dezesseis peças depois de confeccionados renderam 11 assentos, conforme ilustram fotos 09, 10, 11 ,12 e 13.
 
                          

Figura 9:  Banco pet de garrafas Dolly.. Fonte:OS AUTORES. Santos 2012.


                                            
Figura 10: Banco pet de garrafas de Coca-cola. Fonte:OS AUTORES. Santos 2012.
 

Figura 11:  Módulos parcialmente prontos. Fonte:OS AUTORES. Santos 2012.


Figura 12:  Banco de garrafas de Coca-cola Fonte:OS AUTORES. Santos 2012.


  
Figura 13- Banco sendo utilizado na Unidade de Saúde. Fonte:OS AUTORES. Santos 2013..




 Durante a execução deste trabalho tivemos a oportunidade de participarmos da “Criança 100% Saudável” que tem o objetivo de conscientizar a população vicentina sobre a importância do pré-natal e desenvolvimento infantil.

Após a retirada dos gargalos das garrafas (que seriam desprezados), confeccionamos 40 bilboquês (decorados com material que já tínhamos) e um boliche com dez peças de garrafas plásticas para atividades com crianças participantes do evento da “Creche Cantinho do Zezinho” localizado no bairro Jóquei Clube, para que todo material arrecadado fosse otimizado, conforme ilustram nas fotos 14 e 15.
                          
          
Figura 14:  Bilboquês decorados. Fonte:OS AUTORES. Santos 2012.


            

Figura 15:  Boliche com garrafas plásticas.Fonte:OS AUTORES. Santos 2012.


O jogo de boliche e os bilboquês foram entregues para as crianças durante o evento Criança 100% Saudável, conforme ilustra na foto 16 e 17.

Figura 16: Evento criança 100% saudável. Fonte:OS AUTORES. Santos 2012.

 Figura 17: Evento criança 100% saudável. Fonte:OS AUTORES. Santos 2012.nda
Os materiais utilizados para a confecção dos bilboquês e o jogo de boliche foram sobras já existentes de Etil Vinil Acetato (E.V. A), papel crepom, tintas, fita adesiva, lã, tesoura e cola quente.
Os recursos financeiros utilizados para a construção dos bancos pet foram disponibilizados pelos autores. Foram gastos 55 fitas adesivas transparentes no valor total de R$ 55,00. As garrafas foram cedidas gentilmente pela Coopercial.

IV – Discussão


Desde 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH), ligada a Secretaria de Atenção a Saúde, do Ministério da Saúde, tem a proposta de assegurar as defesa do direito à saúde, e pretende considerar as exigências técnicas e interesses e necessidades das populações. Tendo em vista propostas de novas praticas de saúde, apontando em inovações tais como: proposta de um trabalho coletivo para que o Sistema Único de Saúde (SUS) seja mais acolhedor, mais ágil e mais resolutivo; compromisso com a qualificação da ambiência, melhorando as condições de trabalho e de atendimento, entre outros (Disponível em portal.saude.gov.br, acessado em 14/08/12).
Para o PNH a ambiência é definida como um espaço físico que deve permitir a trabalhadores e usuários conforto, resolutividade, favorecendo o acolhimento, e oferecendo espaços onde possam encontrar luz, textura, e formas que proporcionem bem-estar. (Disponível em www.saude.sp.gov.br/humanizacao, acessado em 13/09/2012).
A Teoria Ambientalista de Florence Nightingale sobre o ambiente que o paciente está inserido demonstra que quanto mais bem estar e mais acolhido o paciente se encontra, mais rápida sua recuperação e menos apreensivo ele se sente em frente ao serviço de saúde (HADDAD e SANTOS, 2011).
A sociedade civil organizada pode se manifestar e influenciar nas políticas publica, contribuindo juntamente com os profissionais de saúde gerando ferramentas estratégicas que contribuem para um resultado positivo na relação homem-meio ambiente.
            Segundo JUCÁ 2002, é muito discutidas no Brasil a disposição final dos resíduos sólidos, e muitas vezes a disposição é feita em locais inadequados, como manguezais, encostas, rios e outros poluindo áreas que deveriam ser preservadas, e para Mucellin e Bellini 2008, esses fatores ocorrem devido ao aumento das áreas urbanas, o consumo exagerado de produtos industrializados, e o aumento populacional.
            Para GRIMBERG 2004, o que não pode ser aproveitado (inservíveis), denomina-se rejeitos, enquanto os materiais que podem ser novamente utilizados devem ser reduzidos, reutilizados e ou reciclados, com a participação da sociedade e das empresas geradoras, e ainda relata que é um setor bastante complexo para os municípios.
            Utilizar novas formas de uso para embalagens descartáveis como o reaproveitamento, reciclagem e a reutilização ainda enfrenta grandes desafios e para Gonçalves-Dias e Teodósio 2006, é necessário conhecimento tecnológico, investimentos em educação e o comprometimento de empresas, órgãos não governamentais, governos, e universidades.
Os resíduos comuns quando disponibilizados junto com os resíduos dos serviços de saúde podem acarretar vários problemas para a saúde publica, e trazer agravantes para as pessoas que trabalham em lixões, aterros controlados e estão expostas ao contato com esses resíduos. Exemplo disso pode-se comentar o incidente que ocorreu em abril de 1994 em um lixão de Aguazinha – (Olinda - PE), onde mãe e filho se alimentaram de uma mama amputada encontrada entre esses resíduos, e ainda o acidente com o Césio 137 em Goiânia que contaminou e matou diversas pessoas. (Disponível em www.ccs.uel.br/espacoparasaude, acessado em 15/09/2012).
Com o intuito de criar um instrumento para a correta gestão, coleta, manejo e disposição dos resíduos sólidos, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos 2011, tem o objetivo de uniformizar e apresentar propostas e metas organizadas para a construção de uma política voltada para a qualidade de vida dos indivíduos e solucionar os graves problemas que envolvem os resíduos (Disponível em www.mma.gov.br, acessado em 04/11/2012).

4.1 – Saúde Ambiental


Conforme estabelecido pela Constituição Federal do Brasil de 1988 e previsto em seu artigo 23 incisos II, VI VII e IX que o Estado deve:
“II – cuidar da saúde e assistência publica, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII – preservar as florestas, a fauna e a flora: IX – promover programas de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico.”
Para que solidifique como política publica é necessário um ambiente em equilíbrio, e em harmonia com os princípios e diretrizes do SUS, com as interelações entre vários setores, com intervenções da sociedade civil (Disponível conselho.saude.gov.br/biblioteca/livros/subsi_miolo.pdf, acessado em 24/09/20012).
Ainda para CUNHA, 2011 a relação das pessoas e do meio ambiente deve determinar as políticas publicas executadas pelo Estado, favorecendo a qualidade de vida, a sustentabilidade e o bem estar do conjunto ambiental, devendo preservar a própria vida.
Para BESERRA et al 2010, o ambiente é um fator inseparável da saúde humana e é necessário conhecê-lo,  para poder interferir de forma consciente, com mudanças de atitude em prol de um equilíbrio para uma vida com qualidade, e conforme relatam Radicchi e Lemos 2009, que no âmbito da saúde publica  a saúde ambiental  é muito ampla abrangendo vários fatores como: desastres naturais, proliferação de vetores como insetos e roedores, condições de moradia e saneamento básico, entre outros.
A saúde ambiental está contida na saúde publica como alerta Freitas et al 2009, e se utiliza de outras ciências e tecnologias, envolvendo instituições acadêmicas, a sociedade civil, e outros setores do governo.
A tríade: desenvolvimento sustentável, preservação ambiental e as condições de saúde para Rocha et al 2012,  são condições indispensáveis para determinar e comprometer os pilares da sustentabilidade (econômico, social e ambiental).
A Organização das Nações Unidas (ONU) organizou e realizou no Rio de Janeiro em 1992 uma reunião com a presença de 179 países, resultando em um conjunto de decisões tomadas, onde cada país definiu as bases de seu território para um desenvolvimento sustentável sem prejuízo de sua população visando à saúde ambiental e humana: a Agenda 21.
A Agenda 21 é um instrumento capaz de transformar com planejamento e organização, através de procedimentos racionais, com o objetivo de preservar o ambiente, diminuindo a desigualdade social favorecendo o crescimento econômico. (Disponível em www.mma.gov.br, acessado em 21/10/2012).
Segundo LEMOS 2006, é um documento que deveria ser revisto periodicamente, pois o tema ambiental é dinâmico e necessita de revisões em seus aspectos sociais, econômicos e ambientais. (Disponível em www.brasilpnuma.org.br, acessado em 21/10/2012).
Deve-se sempre levar em conta a biodiversidade e a característica das culturas, o respeito às populações incluindo as minorias, e para Addum 2010, perceber também os impactos negativos feitos pelo homem e atuar com harmonia, sem prejuízos para o homem e o ambiente.
Há necessidade de fortes políticas públicas de proteção e promoção para um ambiente saudável, incentivando e sensibilizando a população sobre as questões ambientais para que se possa refletir e entender que a vida é dependente da natureza e sem ela não haveria condições de sobrevivência. (Disponível em ftp://ftp.fnde.gov.br/web/pcn/05_08_meio_ambiente, acessado em 13/10/2012).

4. 2 – Lixos e Resíduos

As ações do ser humano produzem resíduos que podem ser minimizados através de algumas atitudes evitando que parte desses resíduos seja rejeitada em forma de lixo.
Os resíduos, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas 2004, podem ser encontrados em estado sólido ou semi-sólido e são provenientes das atividades humanas tais como: hospitalar, doméstica, industrial, e outros. São classificados devido a sua periculosidade e se encaixam nas categorias de: inflamável, corrosivo, patogênico e reativo. Através de suas propriedades físicas, os resíduos podem apresentar riscos à saúde pública (mortalidade, incidência de doenças) e/ou riscos ao meio ambiente se desprezados de forma incorreta. (Disponível em www.aslaa.com.br, acessado em 14/10/2012).
No Brasil, a maior quantidade de lixo gerado é na região Sudeste, que disponibiliza a maior parte de seus resíduos em aterro controlado, conforme tabela 01 abaixo.

Tabela 1 – Quantidade diária de lixo coletado por região (tonelada/diária) e destino final segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2000.

Lixão (a céu aberto)
Aterro controlado
Aterro Sanitário
Incineração
Total
Norte
6.279,0
3.133,9
1.468,8
8,1
10.889,8
Nordeste
20.043,5
6.071,9
15.030,1
22,4
41.167,9
Sudeste
13.755,9
65.851,4
52.542,3
945,2
133.094,8
Sul
5.112,3
4.833,9
8.046,0
30,01
18.022,3
Centro-Oeste
3.131,0
4.684,4
5.553,1
26,0
13.394,5
Total
48.321,7
84.575,5
82.640,3
1.031,71
216.569,3
Fonte: Adaptado, IBGE: Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populações e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2000.

Para alguns municípios que não apresentam um gerenciamento efetivo para a coleta e destinação do lixo, conforme Farias e Fontes 2003, os recursos financeiros para a gestão de resíduos sólidos no Brasil são provindos de várias fontes tais como: empresas nacionais e internacionais do terceiro setor, entidades estatais, iniciativa privada e outros. Os municípios apresentam problemas para obter esses recursos, pois há desconhecimento por parte dos gestores e autoridades envolvidas, além das entidades financiadoras exigirem uma contra partida do município e comprometimento para o término dos lixões. (Disponível em www.bvsde.paho.org, acessado em 13/10/2012).
Aproximadamente 50% dos municípios brasileiros, segundo Jacobi e Besen 2011, não cobram pelo serviço de coleta e limpeza urbana, e nos municípios onde são cobrados, os valores não são suficientes para manter as despesas e desempenho adequado do serviço prestado.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi aprovada em agosto de 2010 e prevê a coleta, o destino final e o tratamento de resíduos entre outros: os hospitalares, urbanos, e industriais. Tem como uma de suas metas o fechamento dos lixões até 2014, e os resíduos que não puderem ser reciclados terão que ser enviados para aterros sanitários com tratamento adequado. (Disponível em www.brasil.gov.br/sobre/meio-ambiente, acessado em 15/10/2012).
O tratamento dos resíduos sólidos após a coleta pode ser executado por diversas técnicas tais como: incineração, compostagem, tratamento com micro-ondas, plasma pirólise e reciclagem (Muñoz, 2002).
Uma forma de garantir que menos rejeitos cheguem aos aterros é utilizar os três R (reutilizar, reciclar, reduzir) diminuindo assim a disposição final no meio ambiente (Programa de Pesquisa em Saneamento Básico, 2001).

4.3 – Coleta Seletiva


Para Ribeiro e Lima 2000, a coleta seletiva é uma forma de transformar o lixo (material desprezado associado à sujeira e a pobreza), em um material que possa ser reaproveitado, reutilizado ou reciclado incentivando um aproveitamento desses resíduos, diminuindo impactos ambientais negativos, favorecendo os ambientes onde geralmente são depositados: lixões a céu aberto, aterros controlados ou aterros sanitários.
No Brasil, em 1986 iniciaram-se as primeiras manifestações de coleta seletiva, sendo que hoje sua grande maioria se concentra nas regiões Sul e Sudeste do país e os programas envolvem os catadores organizados em forma de cooperativas, porém, ainda os catadores informais ainda são grande maioria. A composição do lixo domestico em sua maior quantidade é composta de material orgânico, e a coleta seletiva prioriza materiais como: plástico, vidro, metais e outros(Ribeiro e Bessen, 2006).
O padrão de cores adotado pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) segundo a resolução 275, preconiza cores de fácil visualização e é valido em todo o território nacional como segue:
Amarelo: metal;
Azul: papel, papelão;
Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;
Cinza: resíduo geral não reciclável contaminado, ou contaminado não                 passível de separação.
Laranja: resíduos perigosos;
Marrom: resíduos orgânicos;
Preto: madeira;
Roxo: resíduos radioativos;
Verde: vidro;
Vermelho: plástico. (Disponível em: www.cga.ufsc.br, acessado em 04/11/2012)  Muitos municípios ainda não possuem um sistema organizado de coleta seletiva, pois os custos são muitos caros, dificultando a sua implantação pelo fato da distancia da fonte de resíduos e do destino ser maior que 100 km encarecendo o transporte, sendo que acabam buscando parcerias com instituições privadas (Disponível em coletaseletiva.net, acessado em 02/11/2012).
Segundo o CEMPRE 2012, 5.564 municípios brasileiros somente 766 dispõe de programas de coleta seletiva, cerca de 14% no total e cerca de 27% milhões de brasileiros tem acesso a programas municipais de coleta seletiva, sendo que  a maior parte é realizada porta a porta.


Estudo realizado a cada dois anos pela Cempre, indica que aumentou o numero de municípios que realizam coleta seletiva desde 1994 e tem aumentado gradativamente até os dias de hoje, sendo possível verificar que 81 municípios participavam em 1994, e hoje já contam com 766 municípios participantes.
Para CARVALHO e GUERRA 2010, existem vantagens econômicas e sociais da coleta seletiva tais como redução de resíduos enviados para os aterros e lixões a céu aberto, e geração de empregos, entre outros.
Para SAVI 2005, a coleta seletiva é um meio de incentivar a reciclagem, a redução, e o desperdício, para uma mudança de comportamento da sociedade, porem é necessário que seja parte integrante de um sistema sério de gestão integrada de resíduos sólidos.

 

V – Considerações Finais


A relação saúde e ambiente é um campo de atuação no qual a enfermagem pode exercer suas ações e onde é ilimitado o seu fazer. Deve contribuir com seus saberes e praticas em prol da comunidade devendo compartilhar e permitir que suas ações interfiram de modo benéfico, com participação em um processo que permita interagir e modificar o ambiente dentro de seu contexto.
            A redução de resíduos sólidos enviados para aterros e lixões é uma realidade e deve ser incentivada por todos incluindo a enfermagem, que tem um papel importante na vida social de uma comunidade.
            A unidade básica de saúde deve considerar fatores que devem agregar valor ao ambiente, demonstrando assim a sua preocupação com os usuários e acompanhantes através de ações de promoção ao bem estar e acolhimento.
            Este trabalho foi executado dentro da unidade básica Jip – São Vicente – SP e alguns usuários se interessaram e conversaram com a equipe sobre o reaproveitamento das garrafas em forma de banco. Foram disponibilizados na unidade 11 bancos. 
            A enfermagem deve procurar proporcionar um meio ambiente saudável e o acolhimento com objetivo de encontrar estratégias para um melhor atendimento.



ADDUM, Felipe Morais. Planejamento local saúde ambienta e estratégia saúde da família: Uma analise do uso de ferramentas de gestão para a redução do risco de contaminação por enteroparasitoses no município de Venda Nova Imigrante, E.S. Disponível em: <portal.estacio.br/media/227I866/felipe%20m%20addum%20completa.pdf>. Acesso em: 04 de nov. de 2012.


Ambiência. Disponível em:< http://www.saude.sp.gov.br/humanizacao/areas-tematicas/ambiencia> Acesso em: 13 de set. de 2012.


BERTUSSI FILHO, Luiz Antonio; GUILLEN, Carlos Alberto. Lixo Hospitalar: Higiene ou Matemática? – 1989. Disponível em: <bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?Isisscript=iah/iah:xis&src=google&base=Lilacs&Iang=p&nextAction=Ink&exprSearch=125709indexSearch=ID>. Acesso em: 15 de set de 2012.


BESERRA, Eveline Pinheiro et al. Educação ambiental e enfermagem: Uma integração necessária. Rev. Bras. Enferm. Brasília, v.63, n5, oct. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttex&pid=S0034-71672010000S00026&Ing=en&nrm=iso>.  Acesso em: 24 de set de 2012 - <http://dx.doe.org/10.1590/S0034-716720100005000026>.


BRASIL, Constituição (1988). Constituição: Republica Federativa do Brasil – Brasília: Senado Federal, Centro gráfico, 1988.


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VII - Anexos

Anexo A: Passo a passo de como montar um assento

CADEIRA COM GARRAFAS PET
Material necessário:
  • Garrafas plásticas de dois litros (200 a 250 para a poltrona e 40 a 50 para o pufe)
  • Tesoura
  • Fita adesiva larga (ou barbante nº 6/8)
Etapas:
1 - MONTANDO A PEÇA DE RESISTÊNCIA





1.1 Separe uma garrafa limpa, vazia e sem rótulo. Vamos chamá-la de peça "a":
1.2 Pegue uma garrafa e corte-a ao meio. Vamos chamar a parte de baixo de peça "b" e a de cima de peça "c":



    
1.3 Corte outra garrafa ao meio. Vamos chamar a parte de baixo de peça "d" e a de cima de peça "e":


   
1.4 Encaixe a peça "c" dentro da peça "b":
DICA: use uma chave de fenda para ajudar a encaixar as peças.


   
1.5 Encaixe a peça "a" dentro da peça "b+c":


      
1.6 Encaixe a peça "d" por cima da peça "a+b+c"




    
Está pronta a PEÇA DE RESISTÊNCIA.
2 - MONTANDO O ASSENTO DA CADEIRA
2-1. Faça 16 peças de resistência e prenda-as, duas a duas, com fita adesiva, formando oito duplas:

2-2. Junte novamente os conjuntos de dois em dois, formando quatro grupos de quatro peças de resistência:

2-3. Mais uma vez amarre de dois em dois, formando dois grupos de oito peças de resistência:

2-4. Amarre os dois grupos de oito peças de resistência para formar o ASSENTO DA CADEIRA:

3 - MONTANDO O ENCOSTO DA CADEIRA
3-1. Encaixe três peças "b+c" por cima da peça de resistência, formando um tubo. Faça dois tubos dessa maneira.




    
3-2. Faça mais dois tubos, dessa vez encaixando quatro peças "b+c" sobre a peça de resistência. Amarre os quatro tubos com fita adesiva para formar o ENCOSTO DA CADEIRA:

3-3. Faça mais dois tubos, dessa vez encaixando quatro peças "b+c" sobre a peça de resistência. Amarre os quatro tubos com fita adesiva para formar o ENCOSTO DA CADEIRA:

3-4. Junte o ENCOSTO ao ASSENTO com várias voltas de fita adesiva para ficar bem firme.

ESTÁ PRONTA A CADEIRA!