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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

SAÚDE NA PÓS-MODERNIDADE: a mente e o controle da intencionalidade

Revista Aretê Saúde Humana, Ano 2, Vol. 2,Julho/Agosto/Set 2014, Série 22/08  p.08


SAÚDE NA PÓS-MODERNIDADE: a mente e o controle da intencionalidade



I –INTRODUÇÃO
Arthur Bittes Júnior[1]
Eric Boragan Gugliano[2]


            A busca pela saúde é intrínseca ao ser humano, todavia a ciência moderna e sua tecnologia de máquinas criou nas ciências da saúde um arsenal de tecnologias que buscam a doença e, mesmo com jargão da prevenção, mantém o foco na doença. Quando os programas e políticas de saúde tratam de modelos de prevenção, obviamente focam em prevenção da doença “X” mantendo a doença em evidência. Esta “tecnologia da doença” alcançou um status inquestionável. Dispomos de equipamentos que podem scannear o corpo humano rastreando mínimos sinais de disfunções que podem levar a desabilidades e doenças diversas, simples ou graves, agudas ou crônicas. No mesmo passo, tratamentos também podem garantir o prolongamento da vida. Radiações contra neoplasias, quimioterápicas que selecionam a ação nas células doentes e, antibióticos de espectro amplo. Técnicas cirúrgicas e microcirugicas que acessam estruturas e sistemas fisiológicos dispostos no mais íntimo espaço da dimensão biológica do corpo humano. Mesmo estando longe do controle das doenças, essa tecnologia conseguiu o feito de aumentar a expectativa de vida que do início do século XX estava em torno de 50 anos, na primeira década do século XXI já acena com uma expectativa de 80 anos. Vivemos mais, mas como é a vida que vivemos?
            Uma análise ampliada do fenômeno saúde-doença para proposta de um conceito ampliado de saúde advém da constatação de que o modelo biomédico e biologicista de compressão não são suficientes. A vida detém uma complexidade tal que um único modo ou perspectiva não consegue tangenciá-la, e na pós-modernidade a ciência busca desvendar as dimensões humanas e possam sinalizar os caminhos que levam a compreensão ampliada do que é saúde, do que causa a doença e como conseguir o equilíbrio dinâmico – a saúde -



Dimensões Humanas

            O conceito tradicional de saúde exposto pela Organização Mundial de saúde em 1948 que entende saúde como “completo bem estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doença ou enfermidade” vem sendo há alguns anos contestado e entendido como inadequado e inalcançável. De modo ampliado, o conceito de saúde deve analisar o contexto social, cultural, econômico, político, além das concepções filosóficas, emocionais, psíquicas, educacionais e espirituais, além do contexto biológico genético, constitucional e funcional. Entendemos que as dimensões do humano devam ser analisadas na busca da compreensão das respostas humanas aos diversos estímulos que podem romper com o equilíbrio e interromper a saúde.

           A vida, no aspecto biológico, químico, físico e mesmo social, não parece mais um grande mistério, já que a ciência vem desvendando, ao longo da história, várias facetas. Atualmente, o projeto genoma vem revelando o que há poucos anos parecia indecifrável. Essa desmitificação da vida, feita pela ciência, suscita novos olhares e, ao mesmo tempo, apresenta, diante de todos, conexões da vida, até então biofisiológica, ao inexplicável ou desconhecido mundo cósmico, onde tudo se dá.
                              O desenvolvimento científico deu ao homem a falsa impressão de que este era o centro do universo. Dotado de inteligência, o humano era o único ser capaz de dominar, sem correr o risco de ser dominado. Ikeda (2002) comenta que “A fundamental força da vida, movendo-se com o miraculoso ritmo do cosmo, se manifesta numa infinidade de misteriosas formas. Existe em objetos não sensíveis e também em frágeis seres como os pássaros e as borboletas. O corpo humano é apenas a mais delicada e maravilhosa manifestação da força vital, mas quando falamos da lei da vida incluímos não só o organismo do homem e suas funções como também o da totalidade do dinâmico mundo do aqui e agora, no qual a força da vida se manifesta em formas perceptíveis.” (BITTES, Jr.2003).

Conforme citado acima, a dimensão biológica foi e é onde mais apostamos nossos conhecimentos e por isso mais clara para a compreensão nas ciências da saúde. A dimensão psicológica, se orientada pelo paradigma cartesiano, descreve um ser humano desconectado do corpo. Corpo e mente, neste modelo, não tem interface. Mas, quando esta interface é refeita, a estrutura e funcionamento psicológico tomam novo sentido. Corpo e mente estão unidos em interação contínua. Crema (2002), afirma que “...corpo e psique encontram-se numa irredutível relação dialética e sinérgica. Refletindo-se mutuamente, tudo o que nos atinge numa dimensão repercute na outra, em intrínseca mutualidade e interdependência.” Desta feita, a partir no momento que passamos a compreender o humano em dimensões mutuas e dialéticas, não mais caberá uma descrição, mesmo que didática de cada uma dessas dimensões. Estas dimensões configuram uma unidade e não uma entidade em si. Uma não tem sentido sem outra, logo são nulas. Somos a unidade que se constitui nestas dimensões. Nossas construções psíquicas, culturais, espirituais resvalam uma na outra e dão forma do que somos. Não podemos ver a parte achando que vimos o todo. Nessa trama, saúde-doença são ao mesmo tempo antagonismos, mas respostas possíveis e plausíveis do viver.
            Assim como as dimensões dão a unidade do humano em seu plano de sujeito, este não expressaria vida sem um ambiente. Adicionamos aqui o ambiente como o lugar físico onde a vida se manifesta. O ambiente amalgama o ser e também co-participa da constituição de sua identidade. A relação é tão intrínseca como das dimensões humanas. Não se trata somente dos aspectos sócio-culturais transformados em valores e crenças. Trata-se da energia que nele imprime e que dele se alimenta. Neste interregno tratamos de intima relação entre pessoa e ambiente. A interação harmônica entre estes campos [humano e ambiente] – é que podem repercutir no equilíbrio que entendemos corresponder a saúde. “A integração entre microcosmo e macrocosmo produz um estado de equilíbrio e uma energia vital que protegerá a integridade física e espiritual da pessoa, portanto, a saúde é o resultado de um contínuo equilíbrio entre as energias do universo e da vida individual.” (BITTES, Jr. 2003).


O Ambiente

Toynbee, Ikeda (1976) afirmam que "Desde que nossos ancestrais se tornaram humanos, o homem vem modificando o meio natural de maneira a fazê-lo a atender melhor às suas necessidades. Neste particular, a humanidade não tem sido excepcional. Numerosas espécies de seres vivos não humanos fizeram a mesma coisa, embora, ao contrário dos seres humanos, não atuassem consciente e deliberadamente sobre o ambiente. Até os últimos 200 ou 300 anos, contudo, nem a humanidade nem qualquer outra forma de vida neste planeta obliterou o meio natural impondo-lhe outro, artificial.”


Os mesmos autores afirmam ainda que o motivo que levou a violação do que era inseparável (pessoa e ambiente) foi a concepção de que o homem e a natureza são entidades opostas, sendo o homem a figura principal de todo o universo. A causa do rompimento entre o homem e a natureza estaria centrada em duas prováveis hipóteses. Primeira: a não consideração pelo homem de que o universo está vivo. Segunda: o monoteísmo judaico-cristão que admite que, sendo o homem criado por Deus, este teria posto toda a criação não humana à disposição das criaturas humanas (Bíblia Sagrada, 1993 Capítulo 1, versículos 26-30 do Livro dos Gênesis).
O ser humano unitário é irredutível, indivisível, um campo de energia pandimensional e identificado por padrões que manifestam as características específicas do todo. O ambiente é também irredutível, indivisível, um campo de energia pandimensional, identificado por padrões e integrado ao campo humano; por isso, ser humano e ambiente são campos unitários e ao mesmo tempo unos, resguardando infinitas possibilidades, trocando energia e influenciando-se mutuamente. Isso os caracteriza como campos abertos continuamente influenciando e sendo influenciados (Rogers, 1992). A relação de campo humano e ambiente se traduz em todas as relações que hoje vivemos.
A natureza agredida se rebela. Já não temos total harmonia climática. Catástrofes naturais são cada vez mais freqüentes. Na sociedade moderna assistimos a degradante condição em que o comportamento competitivo e a política neoliberal mergulharam as pessoas. O Resultado de séculos de um desenvolvimento desmedido foi a guerra, a fome e a miséria, chegando a humanidade ao início do terceiro milênio desprovida de dignidade e de ética. Vivemos a ausência da ética, do respeito e da solidariedade.
Diante deste caos, cabe perguntar se é possível manter o equilíbrio dinâmico que, na perspectiva holística, configura o ser saudável, ou o que cabe às pessoas é traduzir a desarmonia cósmica em estados de doenças e infelicidade?
Com certeza, o reflexo do desligamento do todo impediu e impede o humano de existir plenamente exercendo suas funções naturais e garantindo um desenvolvimento existencial feliz. É como se negássemos a nossa natureza. Não é difícil olharmos a nossa própria história e identificarmos a distinção entre o prazer e o dever. O prazer relegado a menor parte do tempo diário e o dever açoitando nosso cotidiano, repercutindo em relações humanas instáveis, conflituosas e incompletas. E mesmo sentindo os efeitos desta quebra, sequer somos capazes de desempenhar força contrária, negando até mesmo o princípio da física que não admite a existência unilateral da força. É como se estivéssemos criando a nossa própria guilhotina. Perdemos o sentido da vida, e com ele o prazer, e com ele a felicidade, e com ela a saúde, já que rompemos com o equilíbrio dinâmico do universo. Estamos doentes.

Saúde e Cura no âmbito da espiritualidade
Tocquet (1973), estudou as diversas manifestações de cura de caráter religioso,  receitas ditas  milagrosas, efeitos da sugestão e auto-sugestão, hipnotismo, etc.  Ao descrever  sobre as apresentações do magnetismo propagadas na França pelos aparelhos inventados por Mesmer,  traça um comentário que nos parece atualíssimo:

“Por uma espécie de fenômeno de contágio mental o magnetismo monopoliza os espíritos, o que não é para surpreender, pois os agrupamentos humanos são monopolizados periodicamente por qualquer ideal religioso, filosófico, político ou científico. De vez em quando, um vento de  loucura agita todos os cérebros". (TOCQUET,1973)

Sua  opinião é de que a doença e a cura são causadas pelo pensamento principalmente por mecanismos de sugestão mental,  ainda mais  quando  a multidão parece entrar em uma espécie de condicionamento sugestivo coletivo. Quando o autor descreve o papel dos curandeiros  conclui:

" Em outras palavras o doente é o instrumento principal de sua própria cura. Mas o curandeiro, quando entra em cena desempenha também um papel importante. Pode-se dizer realmente que ele é uma espécie de catalisador, que só pela sua presença impulsiona as forças intensas do subconsciente do paciente e os processos de cura, quando existe uma concordância intensa intersubjetiva entre ele mesmo e o doente se processa a cura." (TOCQUET, 1973).

O autor também cita trechos de um postulado religioso de 1894 que vem bem ao caso:
 " Diz-se que um abcesso é doloroso, isto porém, é impossível pois a matéria sem o espírito não padece dor. O abcesso manifesta-se pela inflamação, e a presunção da crença na dor, e é esta crença que é chamada abcesso; uma vez a crença atenuada, o doente ficará bom do abcesso."
Discute também o aparecimento de estigmas nas mãos e pés devido a obstinação e histerismo, principalmente por freiras, pelo sofrimento e aparecimento das Chagas de Cristo, demonstrando que o pensamento causa a manifestação dos estigmas no corpo. O autor conclui que podemos obter a cura pela mudança de pensamento causado por sugestões externas ou interiores.
Goswami (2008), diz que há tempos os cientistas e filósofos confundem a mente com a consciência, comentando ser um paradoxo a mesma mente que criou a doença ser capaz de provocar a própria cura. Se a consciência for uma causa do modelo biológico, como essa mesma consciência que criou a doença no modelo biológico poderá provocar a cura?  Para o autor a consciência é responsável pela causa do modelo biológico existir e tudo partiria da consciência.  Portanto a consciência causaria o modelo biológico e a mente, e não o contrário. O autor explica sobre os modelos sutis de energia que poderiam ser tratados com a medicina alternativa, mas questiona o motivo dessa medicina, como a alopática, não promover cura em muitos organismos doentes. Sua hipótese é de que somente quando se atinge os níveis de consciência é que se torna possível da cura se manifestar. " Mente e matéria são ambas possibilidades quânticas dentre as quais a consciência pode escolher." (GOSWAMI, 2008).
 Mas, o mesmo autor também chama a atenção para a dificuldade de se utilizar os paradgimas científicos:

 "Um paradigma é um conjunto de premissas metafísicas, de suposições subjacentes complementares e de sistemas lógicos implícitos ou explícitos nos estudos regulares de um grupo de cientistas, num determinado campo da atividade humana. De acordo com essa definição, a medicina convencional dispõe de um paradigma operativo que tem como base a metafísica materialista, a física clássica, a bioquímica, a biologia molecular e o neo-darwinismo...a medicina precisa de um novo paradigma"

Portanto para a compreensão do Ser Humano integral (consciência, mente, modelo biológico e correlação com o meio ambiente) são necessários novos paradigmas para a criação de um novo contexto metodológico. Para Hogan (2002), estudar a mente significa o fim da ciência, pois jamais a mente será capaz de compreendê-la por si só. Após abandonar o cargo de editor em uma revista científica e afirmar que o medicamento não funciona e sim que a cura deve-se ao efeito placebo causou um impacto grande aos neuroscientistas ao afirmar que não temos paradigmas suficientes para entender a mente. Temos, portanto, de encontrar tais paradigmas partindo-se claro do que já temos como conhecimento biológico e psicológico. O pensamento implica em processar significados e esses significados ambientais são analisados pelo sistema límbico como memória e emoções. Aggleton (1992) descreve minuciosamente a compilação de artigos científicos demonstrando a funcionalidade e estrutruras envolvidas na neurobiologia do comportamento emocional.  Gugliano (1998), mostrou como lesões em pequenos núcleos de estruturas como a Amygdala e hipocampo em ratos Wistar machos podem afetar o condicionamento emocional em tarefas aversivamente motivadas.  Essas definições são bem claras de que as mensagens externas são processadas por um sistema neural complexo e armazenadas na memória emocional. Mas ainda explicam um ser humano separado e condicionado pela sua própria genética na recepção e processamento de informações externas. Lipton (2007), discute que é o ambiente que influencia significativamente na manifestação dos genes. A idéia anterior é que o organismo será moldado estruturalmente e funcionalmente pela manifestação gênica. Para o autor a membrana celular é a parte mais importante da célula porque receberia as várias informações ambientais e transformaria em mensagens químicas para a manifestação gênica. Nesse contexto os pensamentos também influenciariam as células, pois o sistema límbico, principalmente o hipotálamo, sintetizaria substâncias (neuropeptídios) que participariam de um efeito bioquímico direto ou mediação de outras manifestações indiretas como encaixar-se em receptores da membrana plasmática e promover  uma resposta na manifestação gênica. Já é também do conhecimento científico a importância do sistema psiconeuroimunológico onde o pensamento pode gerar substâncias mediadoras no sistema imunológico. Pesquisadores descobriram que determinados componentes do sistema imunológico, os linfócitos células -T, têm receptores para uma endorfina chamada metionina-encefalina. Portanto, pensamentos felizes seriam capazes de produzirem aumento de anticorpos, efeitos analgésicos pelo aumento de endorfinas e ativação de um número maior de linfócitos T. Frente ao exposto, entendemos que a ciência deva ampliar a compreensão dos fenômenos da vida para assim saber como entender sua dinâmica e promover a SAÚDE.

III- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A Bíblia Sagrada. Trad. De João Ferreira de Almeida. 2ª Ed. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil; 2002.

BITTES Jr. A. Cuidando e des-cuidando: o movimento pendular do significado do cuidado para o paciente. 2ª Ed. São Paulo: Fiúza; 2004.

BITTES Jr. A. O cuidar sob a perspectiva do Budismo de Nitiren Daishonin e da Ciência do Ser Humano Unitário: uma história de revolução humana. [tese] Escola de Enfermagem da USP; 2003.

BLUMER, H. Symbolic interacionism: perspective and method. Englewood Cliffs: Prentice-Hall; 1969.

CAPRA, F. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. 5ª Ed. São Paulo: Cultrix; 2001.

CREMA, R. Antigos enovos terapeutas: uma abordagem transdisciplinar em terapia. Petrópolis –RJ -: Vozes; 2002.

GOSWAMI,AMIT. O médico quântico: Orientações para a saúde e a cura. Cultrix: São Paulo; 2008.
GRESSLER, L. A. Introdução à pesquisa, projetos e relatórios. São Paulo: Loyola; 2004.
GUGLIANO,E.B. Efeito da lesão na amigdala e hipocampo em duas tarefas aversivamente motivadas. [tese] Universidade Federal de São Paulo. Departamento de Psicobiologia. UNIFESP: São Paulo; 1998.
HORGAN, JOHN. A mente desconhecida: Por que a ciência não consegue replicar, medicar e explicar o cérebro humano. Companhia das Letras: São Paulo; 2002.
IKEDA, D. Vida: um enigma, uma jóia preciosa. Rio de Janeiro: Record; 2002.
JOHN P. The Amygdala: Neurobiological aspects of emotion, memory, and mental dysfunction. Wiley-Liss: New York; 1993
LIPTON, BRUCE H. A biologia da crença: Ciência e espiritualidade na mesma sintonia: o poder da consciência sobre a matéria e os milagres. Butterfly: São Paulo;2007.

ROGERS, M.E.  Nursing science and space age. Nurs. Sci. Quartely. 1992; 5:27-34
STRAUSS, A.; CORBIN, J. Basic of qualitative research: grounded theory procedures and techniques. California: Sage; 1990.
TOCQUET, ROBERT. A cura pelo pensamento e outros prodígios. Mundo Musical: São Paulo; 1973.
TOYNBEE A; IKEDA, D. Escolha a vida: um diálogo sobre o futuro. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Record ;1976.




[1] Professor Doutor em Enfermagem. Coordenador do Curso de Enfermagem das Faculdades Oswaldo Cruz.

[2] Professor Mestre em Psicobiologia. Titular da Disciplina de Bases Biológicas Estruturais e Funcionais do Curso de Enfermagem das Faculdades Oswaldo Cruz.